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quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

CD "APROVA" NOVO ADITIVO ENTRE GRÊMIO, ARENA E OAS

Redação: globoesporte.com e zh.com / Edição e Produção: @rsesporte_com / Fotos: Google Imagens


Aprovação tem ressalvas, como as 'cadeiras fantasmas', e permite agora clube e construtora assinar contrato para iniciar as trocas de estádios



Com o Olímpico já fechado para jogos oficiais e sendo destruído aos poucos, mas com a administração do clube ainda presente e ativa no estádio. Ontem a noite em reunião extraordinária do Conselho Deliberativo realizada no Estádio Olímpico, 205 conselheiros "aprovaram", com ressalvas, o remodelado contrato entre clube e OAS, há alguns meses atrás já haviam sido apreciados 14 novos itens para a confecção do novo documento, agora pronto para ser assinado. A formalização do acordo entre clube e empresa, portanto, já poderá ocorrer a partir desta quinta-feira. Entretanto como o presidente gremista, Fábio Koff irá viajar na próxima semana ao Paraguai para acompanhar o sorteio dos grupos da Libertadores, a assinatura do novo contrato não tem data definida.


"Por nós, assinaríamos o contrato amanhã (quinta-feira). Agora, depende mais da OAS do que do Grêmio" — disse Koff, que se revelou aliviado com o final das tratativas. "Só depois da assinatura passará a contar o prazo de 90 dias para a troca de chaves entre as duas partes". Com a assinatura, o clube deverá receber R$ 3 milhões para injetar diretamente nas obras do Centro de Treinamento - obras com aproximadamente 75% de conclusão. 

O objetivo do Grêmio, inclusive, é o de acelerar a construção para realizar a próxima pré-temporada já no local e com isso o Grêmio terá 90 dias para completar a mudança do Olímpico à Arena, a chamada 'troca de chaves'. A implosão do antigo estádio ficará para 2014, sem uma data prevista. Para que isso ocorra, ainda falta apresentar três licenças ambientais à Prefeitura de Porto Alegre.


A demora para aprovação deste novo aditivo se deu devido a um vistoria feita na Arena, que identificou falhas como: O caso das ‘cadeiras fantasmas’, foi o que mais chamou atenção. O aditivo, assinado em 2011, que aumentou a capacidade e criou a subestação de energia, determinou a instalação de mais 4 mil assentos, o que totalizava 56,4 mil. Porém, ao contar uma a uma, a vistoria identificou a inexistência de 1,4 mil cadeiras. Além disso, há 400 pontos de vista para o campo, foram identificados como 'pontos cegos' para os torcedores. Para resolver esses impasses, o conselho autorizou o Grêmio a negociar diretamente com a OAS. No caso, ou haverá compensação financeira, ou a empreiteira alterará o projeto para instalar essas cadeiras.


É o mesmo caso da subestação de energia. O aditivo elevou o custo do estádio em R$ 65 milhões – o valor total foi de R$ 540 milhões. Houve dois apagões: contra Huachipato (Libertadores) e Cruzeiro (Brasileirão), justificados pela gestora por ‘problemas técnicos’. Grêmio deseja que esses inconvenientes sejam definitivamente solucionados. E que, em caso de repetição, não caiam na conta do clube.

A escritura pública do contrato será feita com essa ressalva. O Conselho também cobrou maior transparência da construtora na divulgação dos resultados financeiros da Arena, para que o clube saiba o valor que tem a receber.

O valor da migração cairá para R$ 12 milhões em 2012, R$ 15 milhões em 2014 e R$ 18 milhões a partir de 2015, até que seja finalizada a parceria, após duas décadas. Apesar da mudança do contrato, Koff admitiu que o Grêmio terminará o ano com um déficit histórico, próximo de R$ 100 milhões.

Maior transparência


O Grêmio também exige duas prestações de contas anuais da OAS para gastos com a Arena – o que não ocorreu até então. O Conselho do clube estipulará um orçamento específico para custos no estádio e quer maior transparência com esses gastos.

O assunto já estava em pauta desde o início do ano. Em 17 de junho, o conselho havia aprovado as alterações contratuais em relação a 14 itens que contemplavam mudanças tanto na estrutura financeira quanto em assuntos relacionados aos sócios. A Arena ficará com 50% das receitas oriundas dos novos associados e irá compartilhar os riscos da gestão com o Grêmio - antes, só a construtora arcava com isso.


Dentre as alterações propostas, a mais significativa aponta uma economia para o Tricolor. Durante os 20 anos de parceria entre o clube gaúcho e a empreiteira, o Grêmio reduzirá em cerca de R$ 245 milhões em relação ao previsto anteriormente no acordo com a OAS.

Em vez de ter de pagar R$ 41 milhões anuais para garantir a entrada dos sócios, o Grêmio acertou assumir valores de R$ 12 milhões (primeiro ano), R$ 15 milhões (segundo ano) e R$ 18 milhões (a partir do terceiro ano). Isso quitaria a dívida do começo da temporada.

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