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sábado, 28 de junho de 2014

COPA DE 50: MÉXICO JÁ VESTIU A CAMISA DO CRUZEIRO RS

Redação e pesquisa: Fábio Mundstock / Produção: @rsesporte_com / Foto: Site do Cruzeiro RS 


Um fato inusitado ocorrido no dia 02/07/1950 colocou o Esporte Clube Cruzeiro definitivamente na história das Copas do Mundo.



Naquele domingo, o Estádio dos Eucaliptos recebeu o selecionado do México e da Suíça, para mais uma partida da Copa do Mundo. Houve um problema sobre a utilização das camisas, pois a Suíça tinha, no seu uniforme principal, a tonalidade vermelha, assim como o México, que, naquele tempo, também utilizava o vermelho, diferente de hoje, que o verde é predominante.

Um sorteio foi realizado para decidir quem teria que trocar os uniformes, para a partida, e a seleção vencedora foi a mexicana, que teve o direito de usar o seu uniforme, mas num gesto de cortesia, deixou que a equipe Suíça vestisse o seu uniforme oficial.Em uma homenagem à cidade, que vinha torcendo a favor da equipe mexicana, decidiu entrar em campo com as camisas do Cruzeiro, dias antes da equipe da Colina Melancólica festejar seus 37 anos de fundação.

A partida foi muito disputada, e o México não venceu, porque pecou nas finalizações. A vitória foi da equipe da Suíça, por 2x1. O México (Cruzeiro) formou com Carvallal, Gutierrez e Gomez; Roca, Ortiz e Ochoa; Florez, Naranjo, Casarin, Borbolla e Velásquez. A Suíça formou com Hug, Neury e Bocquet; Lusendi, Eggimann e Keerner; Tamini, Antenen, Friedlander, Bader e Fatton. Os gols da Suíca foram marcados por Bader e Antenen, ambos no 1º tempo; e Casarin marcou para a equipe Mexicana na 2ª etapa. Anos após este incidente em que o Cruzeiro cedeu suas camisas a seleção Mexicana, o fato se repetiu na Copa do Mundo de 1978.

Aquela Copa, em que todos lembram-se, apenas, da partida realizada entre Argentina e Peru, em que a seleção anfitriã necessitava vencer por pelo menos 4 gols de diferença, para garantir sua classificação, e o resultado de 6x0 acabou por surpreender o mundo esportivo, e manchar aquela edição do Mundial, que teve outro fato interessante.

França e Hungria, já eliminadas, disputaram sua última partida naquela Copa. No sorteio, a Hungria teve o direito de jogar com as camisetas brancas, mas a França, em protesto contra a arbitragem, pois achava que vinha sendo prejudicada, também entrou de branco. O árbitro Arnaldo César Coelho negou-se a iniciar a partida enquanto a questão dos uniformes não fosse resolvida e, sendo assim, a equipe francesa acabou utilizando o uniforme do Kimberley, clube amador local. 

Histórias de Copa. História de um dos clubes mais tradicionais e importantes do Rio Grande do Sul, o clube do coração de todo o Porto Alegrense e, futuramente, de Cachoeirinha e região: Esporte Clube Cruzeiro.

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