FORA TUMULTO, DENTRO O TETRA PARA O BRASIL

Redação: @vitor_kellner / Produção e revisão: @rcopetti e @rsesporte_com 
Fotos: CBFNews, Terra e Fifa / Vídeo: YouTube

Aos gritos de “O campeão voltou!”, “Olê, olé, olâ, Neymar, Meymar”, “Eu sou brasileiro com muito orgulho com muito amor” e “Olé” o Brasil derrotou a Espanha por 3 a 0 com dois gols de Fred e um Neymar.

Ainda antes do jogo, na cerimônia de abertura, um casal protestou com uma faixa em que dizia: "Imediata anulação da privatização do Maracanã". O casal foi retirado rapidamente do gramado com a fantasia de bolas, pois a FIFA proíbe tal manifestação. 

Todavia, exceto o manifesto a festa foi bonita com os cantores Victor e Léo, Jorge Benjor, Ivete Sangalo e Arlindo Cruz, entoando músicas próprias e culminando com a País Tropical em coro de 60 mil pessoas. Também participou da cerimônia a bateria de uma escola de samba carioca, que com seus componentes formou a bandeira do Brasil. 

O presidente da FIFA, Joseph Blatter, exibiu uma camisa do Brasil e outra da Espanha com uma dedicatória ao ex-líder político Nelson Mandela da África do Sul, que enfrenta uma infecção pulmonar. Protestos fora do Maracanã também marcaram o pré-jogo.

Veja o vídeo sobre a manifestação:

Com a bola rolando, o Brasil começou na pressão e marcou logo a 2 minutos, Hulk alçou a bola para área, Neymar e Fred trombaram com a zaga espanhola e caído Fred conseguiu tocar para o gol. O Brasil voltou a assustar novamente a 8 e a 13 minutos, com Fred e Paulinho porém o gol não saiu, a Espanha teve uma grande chance no primeiro tempo com Pedro a 40 minutos, ele recebeu de Mata e chutou na saída de Júlio César, mas David Luiz chegou a tempo de evitar o gol espanhol, e de carrinho tirou para escanteio. Ainda na etapa inicial, a 44 minutos, o Brasil chegou ao segundo gol, Neymar tabelou com Oscar e chutou forte a 110 km/h sem chances para Iker Casillas.

Na etapa de complemento, novamente Fred a 2 minutos fez o terceiro gol brasileiro, Hulk tocou em profundidade na esquerda Neymar fez o corta-luz a bola chegou a Fred que de primeira chutou colocado novamente não deu para Casillas. A 9 minutos, Marcelo derrubou Navas dentro da área, pênalti. 

Na cobrança o zagueirão Sergio Ramos chutou para fora a direita de Julio César. A 22, Pique recebeu cartão vermelho por falta em Neymar. A partir daí começou a brilhar a estrela de Júlio Cérsar, o goleiro brasileiro fez pelo menos duas defesas difíceis para manter o resultado favorável ao Brasil.

Veja os gols:



Antes da premiação, liderados pelo zagueiro Dante, os jogadores brasileiros tocavam o tradicional pagode no circulo central do gramado.

Nos prêmios individuais, o Brasil faturou as chuteiras de prata e bronze (artilharia) com Neymar (terceiro) e Fred (segundo), a luva de outro (melhor goleiro) com Júlio César e as bolas de bronze e de ouro com Paulinho e Neymar respectivamente.

No coletivo, a Itália derrotou o Uruguai nos pênalti no inicio da tarde de hoje e sagrou-se vice-campeão, a Espanha ficou com o vice-campeonato e o Brasil levantou a taça da Copa das Confederações com o capitão Thiago Silva.

Luiz Felipe Scolari, técnico do Brasil avaliou a vitória: “Não estava previsto (esse título), é um caminho que percorremos. A gente sabe que vem um campeonato muito mais forte que esse, embora tivesse quatro campeões do mundo. É um caminho que vamos trilhar com mais confiança. Cria-se uma situação favorável, um ambiente melhor. O que o povo tem feito por nós, dentro do campo, é algo fantástico, maravilhoso. Temos que ter isso como princípio dentro do nosso país: amizade, união. Fazer com que as coisas possam evoluir, crescer”.

Final da Copa das Confederações – Brasil 3 x 0 Espanha

Local: Maracanã, Rio de Janeiro.

Arbitragem: Björn Kuipers, auxiliado por Sander van Roekel e Erwin Zeinstra.

Brasil: Julio Cesar; Dani Alves, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo; Luiz Gustavo, Paulinho (Hernanes), Neymar Jr, Oscar e Hulk (Jadson); Fred (Jô).
Técnico: Felipão.

Espanha: Casillas; Arbeloa (Azpilicueta), Piqué, Sergio Ramos e Jordi Alba; Busquets, Iniesta, Xavi e Mata (Navas); Pedro e Torres (David Villa).
Técnico: Vicente Del Bosque.