Redação: Vitor Kellner / Produção: @rsesporte_com / Fotos: Google Imagens
Júnior Chávare, 46 anos, é o caça talentos da base do Grêmio.
Paulista de Americana, Chávare trabalhava como funcionário e consultor da
Juventus, de Turim antes de se tornar coordenador-geral das categorias de base
do Grêmio.
Experiente no meio, Chávare revelou em entrevista ao Jornal Zero
Hora que quando foi contratado propôs ao clube mudar sua filosofia de revelar
jogadores: “Quando fui procurado pelo Grêmio, deixei bem clara uma condição: a
qualidade tem de vir antes da força física e da altura. Acho que conseguimos
quebrar alguns paradigmas no clube. Agora, do sub-12 em diante, valorizamos o
jogo, o futebol. Tive a sorte de encontrar dirigentes como Rui Costa e Fábio
Koff, que acreditaram neste modelo”.
O coordenador ressaltou que jogadores como Luan, Wendell, Alex
Telles e Breno não seriam aproveitados na base com a filosofia antiga: “E o
próprio Ramiro, que não preenche o estereótipo do volante grande, com
envergadura. Este biotipo mais leve e hábil mudou em toda a nossa base. O Luan
ficou meses aqui só treinando antes de jogar. Raça? Sim, claro, é uma marca do
Grêmio. Mas a técnica tem de vir antes”, Chávare disse que o interesse da
Europa em jogadores do Grêmio não lhe surpreendeu: “Tenho bem presente o
conceito comercial do futebol de hoje. Sei o que o mercado quer e exige em um
atleta. A captação de talentos é o diferencial nestes tempos de escassez de
recursos, e ela tem de estar adequada a esta realidade para ser uma ferramenta
de gestão do clube”.
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