A informação vai de encontro com as declarações da direção Colorada que sempre negavam qualquer negociação com o jogador. A desistência deixa o caminho livre para que o Corinthians acerte o retorno do atacante ao Timão onde atuou de 2005 à 2007, o clube já contatou o jogador para saber da possibilidade e nos próximos dias deve se reunir com o empresário do jogador para começar as tratativas. Entretanto Mario Gobbi presidente do Corinthians afirmou em entrevista a Rádio Jovem Pan que caso Nilmar não se disponha a reduzir o valor que recebe no Qatar a negociação é inviável para o timão.
"O Nilmar é um grande jogador, ele não precisa provar nada para ninguém. E o Nilmar atinge uma faixa de salário que o futebol brasileiro já não comporta mais. Esse é o entrave. Eu nem comecei uma conversa, mas eu sei que vou esbarrar neste problema. Não dá mais para pagar salários astronômicos porque todos estão vendo como os clubes estão e nós temos que pensar no todo, e não em questões pontuais", disse Gobbi.
Os valores que Nilmar recebe no El-Jaish giram em torno de R$ 1 milhão por mês, as noticias de que o atacante teria pedido R$ 800 mil ao Inter deixaram Nilmar chateado e em entrevista concedida em Porto Alegre a duas semanas o jogador disse que no Brasil as pessoas falam muito em valores e que para desmentir uma noticia como essa demora muito.
"Claro, falaram que eu pedi R$ 800 mil de salário. Quem está no meio sabe que não é assim, mas torcedor fica envolvido pelo que sai na imprensa, nas redes sociais. Para desmentir uma notícia, às vezes, demora muito. Fico chateado por falar em valores, principalmente porque não abri negociação com ninguém. No Brasil, isso é normal. Eu que estou desacostumado. Lá fora não é assim, o jogador é cobrado, analisado por aquilo que faz dentro do campo, que é como tem de ser, não é pelo que ganha. Todo jogador tem seu valor, seu preço e não tem de ser exposto."
A contratação de Nilmar pelo Corinthians gera discórdia entre a diretoria corintiana, mas tem total apoio de Mano Meneses que reclamou da falta de opções no ataque, por conta de lesões. Na mesma entrevista que falou sobre seu salário Nilmar disse que não era obrigação voltar ao Brasil e principalmente ao Inter, segundo ele sua família está adaptada no Qatar.
"Não é nem antes ouvir o Inter. Ouvir, eu vou ter de ouvir todos os clubes interessados. É normal, da ética do futebol. Sempre fui assim. Eu tenho de ser profissional nessa hora, não só os do Brasil, mas os de fora. Tenho de deixar bem claro isso. Não estou com o pensamento em voltar, porque lá estou me sentindo mal, minha família não está mais feliz. Não tem nada disso. Ao contrário, estou muito bem adaptado, minha família está muito bem. Não é uma obrigação voltar para o Brasil. Mas primeiro vou resolver a questão com o Catar."
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