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sexta-feira, 17 de outubro de 2014

GRÊMIO E OS DESAFIOS PARA FAZER A ARENA LUCRAR

Redação: Tiago Dias / Produção: @rsesporte_com / Fotos: Google Imagens



Após o anuncio da compra da Arena, nesta terça-feira pelo Presidente Fábio Koff, o desafio que o Grêmio enfrentará agora será de criar receitas para poder bancar o negócio, R$ 360 milhões parcelados em 20 anos. O projeto é dobrar a arrecadação do quadro social, para R$ 10 milhões por mês, juntamente com a exploração comercial da Arena, que ainda é um campo desconhecido.

Com uma infinidade de espaços publicitários e possibilidade de locação para eventos, Arena conta com várias formas de ser rentável, mas a que de longe é a mais valiosa com certeza é os Naming Rights, que é a concessão do nome do estádio para um investidor.

Um dos maiores pontos que dificultam a venda dos Naming Rights no Brasil ainda é a menção da empresa parceira nos veículos de comunicação. Caso de maior sucesso no Brasil é o Allianz Parque, do Palmeiras. Estádio será gerido pela WTorre construtora por 30 anos e será inaugurado em Novembro. Nesse caso a parceria foi feita ainda na construção do estádio, ou seja, desde o inicio já se falou nome com a parceria, tornando a vinculação do nome natural.

Aqui no caso da Arena do Grêmio, o maior dificultador é a rivalidade, isso faz com que interessados em associar sua marca a Arena tenham receio de perder publico com os torcedores rivais. Tanto que as empresas que patrocinam um, acabam patrocinando o outro clube também, exemplos de Banrisul, Tramontina e Unimed.

— A negociação em conjunto aumenta o poder de barganha. Mas não há nenhum caso de Naming vendido duplamente. Pelo alto valor envolvido, raras empresas têm bala na agulha para investir — Diz Fernando Ferreira diretor da Pluri Consultoria.

Além da busca por novas receitas com a Arena, o Grêmio agora se preocupa com novas despesas, já que além do pagamento do estádio agora toda a manutenção também é por conta do Grêmio.

Amir Somoggi, consultor de marketing e gestão esportiva, diz que o clube terá muito trabalho para tornar a Arena lucrativa, mas que é possível.

— É um passo a frente dos demais clubes. O Grêmio percebeu que é mais difícil criar ações comerciais e de marketing se você depende de um parceiro. Há risco pelo alto investimento, mas se a Arena tiver uma gestão profissional, o clube dará um salto qualitativo em seu faturamento — afirma Somoggi

Casos pelo Brasil:

Kyocera Arena
Primeiro clube a vender os Naming Rights foi o Atlético-PR, a Arena da Baixada virou Kyocera Arena, rendendo R$ 6 milhões ao clube e durante três anos.

Allianz Parque
Empresa alemã de seguros, Allianz, investiu R$ 300 milhões que serão parcelados em 20 anos, para dar o nome ao novo estádio do Palmeiras.

Itaipava Fonte Nova e Itaipava Arena Pernambuco
Erguidas para a Copa do Mundo, as duas arenas venderam seus Naming Rights para a mesma empresa, mesmo a negociação não sendo feita em conjunto, em 2013 a marca investiu R$ 100 milhões, para cada Arena, divididos em 10 anos, mas durante a Copa do Mundo no Brasil o nome do investidor não foi dito nas transmissões.

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