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domingo, 22 de junho de 2014

BARES DE PORTO ALEGRE LUCRAM 100% NA COPA

Redação: Victor Thompsen / Produção: @rsesporte_com / Fotos: Fabiano Panizzi / Divulgação / CP


Faturamento também supera o esperado antes do mundial


Muitos podem ser contra a Copa do Mundo, dizendo que é muito dinheiro jogado fora, pouco investimento no que o país precisa, mas, por outro lado, diversas pessoas só têm a agradecer à Copa do Mundo. É o caso dos donos de bares da capital Gaúcha. Os bairros Centro Histórico, Moinhos de Vento e, principalmente, Cidade Baixa contam com uma demanda muito superior à esperada, antes, do início da Copa, além de contar com um faturamento muito superior ao esperado.

De acordo com a diretora executiva Associação Brasileira de Bares e Restaurantes no Rio Grande do Sul (Abrasel), Thais Kapp, os turistas procuram mais bares próximos às festas do que os tradicionais restaurantes. “Essa procura independe do horário. Os turistas não buscaram muito os restaurantes mais tradicionais, e sim locais próximos às festas”. Segundo ela, os bares são mais frequentados em jogos do Brasil. “Os consumidores frequentam mais em dias de jogos do Brasil, quando os porto-alegrenses também vão em peso”, conta a representante da Abrasel. Ela ressalta, ainda, que a cachaça e o vinho nacionais caíram no gosto dos estrangeiros. “Eles amaram a caipirinha, mas não pedem de vodca, apenas de cachaça. O que é ótimo para o segmento tradicional”.

De acordo com o presidente do Sindicato da Hotelaria e Gastronomia de Porto Alegre (SindPoa), Henry Starosta Chmelnitsky, os estabelecimentos estão plantando o que colheram.“Os estabelecimentos estão colhendo o que plantaram. O Chalé, da Praça XV, é um ótimo exemplo disso, pois investiu na qualificação, e está sempre lotado”, destaca o presidente. 


Segundo Chmelnitsky, o SindPoa promoveu diversos cursos para os profissionais do setor. “Os estabelecimentos estão colhendo o que plantaram. O Chalé da Praça XV é um ótimo exemplo disso, pois investiu na qualificação e está sempre lotado”.

A gerente de operações e marketing do Chalé, Joice Adams, considera o Mundial positivo: “O número de clientes triplicou desde o início do evento, comparado ao mesmo período do ano passado.” Segundo ela, cerca de três mil franceses, dois mil holandeses e mil australianos, além de torcedores de outras seleções passaram pelo local.



Para receber bem os turistas, revela Joice, o restaurante contratou tradutores de inglês, francês, alemão e espanhol. “Além, disso, todos os garçons e funcionários que têm contato com os clientes, frequentaram cursos de idiomas, focados para o atendimento ao público”.

Quem, também, comemora o sucesso com o Mundial, são as lojas de artigos tradicionais da cultura gaúcha, como cuia, chimarrão e bomba. Marcos Otsuka. Descendente de japoneses, ele mora em São Bernardo do Campo (SP), e veio assistir à partida Coreia do Sul x Argélia. O turista também aproveitou um pouquinho da cultura Gaúcha. “Provei o chimarrão e estou comprando uma cuia, uma bomba e erva-mate e levar para casa”.


Rede de hotelaria é um sucesso!

Nem os bares e lojas tradicionais. Quem está faturando, mesmo, nesta Copa do Mundo é a rede de hotelaria de Porto Alegre. De acordo com o Sindicato da Hotelaria e Gastronomia de Porto Alegre (SindPoa), os locais, com classificação três, quatro e cinco estrelas estão com a sua lotação prevista. Conforme o presidente da instituição, Henry Starosta Chmelnitsky, os hoteis estão com a ocupação máxima, em dias de jogos, na cidade, e caem para 75% nos intervalos, entre um jogo e outro. Os locais, escolhidos, com mais frequência, pelos estrangeiros, é o Centro Histórico e o hotel Sheraton, no bairro Moinhos de Vento. 

Por outro lado, o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio Grande do Sul (Abih/RS), Abdon Barretto Filho, os australianos e holandeses já deixaram a cidade, em sua maioria. Por isso, a ocupação na Capital caiu para cerca de 40%. “Esses visitantes gostaram tanto do povo gaúcho, que vários estenderam a estadia, para conhecer outras cidades”, conta. De acordo com Barretto, Gramado é um dos principais destinos fora de Porto Alegre. “A Serra já é tradicionalmente turística e recebe, além dos estrangeiros, os porto-alegrenses que querem fugir um pouco do tumulto”, acrescenta. 


Para o duelo deste domingo, entre Coreia do Sul e Argélia, no Beira-Rio, a Associação tem a informação de que cerca de 700 argelinos fiquem hospedados em Gramado, outros virão de Camboriú, em Santa Catarina. “Provavelmente, o próximo jogo não será de tanta festa, pois tanto os argelinos, quanto os coreanos são mais reservados”, acredita Barretto. 


 Porto Alegre deverá ser tomada por Argentinos na semana que vem. A expectativa é que 120 mil  venham à cidade no dia, na véspera e nos posteriores à partida entre Nigéria e Argentina na próxima quarta-feira.


Dezenas de barras bravas, como o nome já são os torcedores considerados mais violentos da Argentina, já estão hospedados em Sapucaia do Sul, a Policia Brasileira em parceria com a policia Argentina tentam evitar que os Barras Bravas adentrem o País. 


Para garantir a segurança no jogo entre Argentina e Nigéria, dia 25, em Porto Alegre, cerca de 80% do efetivo da PF no Rio Grande do Sul trabalha em assuntos ligados à Copa, com reforço de equipes de Santa Catarina, Paraná e Distrito Federal. Os principais pontos de atuação no estado são Uruguaiana e o aeroporto Salgado Filho. A atenção maior na Fronteira Oeste será pelo menos três dias antes da partida e no aeroporto na véspera do jogo, quando pelo menos 20 vôos devem chegar da Argentina.

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