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sexta-feira, 29 de agosto de 2014

VEJA QUAIS SERÃO AS MUDANÇAS DA REFORMA ESTATUTÁRIA DO INTER

Redação: Victor Thompsen / Produção: @rsesporte_com / Fotos: Google Imagens

No próximo sábado os sócios do Internacional definirão em assembléia-geral se o Estatuto do Clube será ou não alterada. Estão aptos para votar os associados maiores de 16 anos e em dia com as mensalidades até 4 de agosto. A votação pode ser presencial, em urnas eletrônicas que serão instaladas no Gigantinho, das 9h às 17h, ou pela internet, desde que o sócio tenha se inscrito no site do clube até anteontem (Quarta). O sócio tem de estar munido de identidade com foto e carteira social.

A grande mudança esperada caso seja aprovada na assembléia é a forma de escolha do presidente do clube. É esperado que já na eleição deste ano, que ocorre nas primeiras semanas de dezembro, os sócios do clube decidam quem será o novo mandatário do clube.

O novo estatuto prevê que, para ser eleito em primeiro turno pelos conselheiros, o novo presidente precisará conquistar 85% dos votos presenciais no Conselho Deliberativo — ou 317 votos dos 346 possíveis. Na visão dos conselheiros, desta forma, dificilmente um candidato será eleito apenas pelo Conselho. A votação então iria para segundo turno, com votação de todos os sócios em dia.

Para evitar que o cargo máximo do clube seja ocupado por alguém sem história no clube, caso o novo estatuto seja aprovado, o candidato precisará contar com a anuência de 30 conselheiros do Inter para poder concorrer. Essa é apenas uma das medidas propostas pelo novo estatuto, alem dela propostas para definir vice-presidência e consulados serão pauta da assembléia.


Veja algumas das principais mudanças propostas:



  • Eleição
Se apenas uma chapa conquistar 25% ou mais dos votos dos conselheiros presentes na votação, está eleita em primeiro turno. Se duas ou mais chapas atingirem esse patamar, as duas mais votadas passam para segundo turno, com votação do sócio

> O que se propõe

Só estará eleita em primeiro turno a chapa que atingir 85% ou mais dos votos dos conselheiros presentes na votação. Se nenhuma chapa atingir esse patamar, as duas mais votadas passam para segundo turno, com votação do sócio


  • Reeleição
Hoje não tem limite para reeleição

> O que se propõe

Permite apenas uma reeleição


  • Parque Gigante
Sócios do Parque Gigante não podem votar na eleição para presidente, excetuando-se os sócios do Parque Gigante admitidos antes de 13 de novembro de 1990

> O que se propõe

Todos os 2 mil sócios do Parque Gigante poderão votar na eleição para presidente


  • Vice-presidências
Prevê 12 vice-presidências — duas eleitas com o presidente e 10 indicadas pelo vencedor do pleito

> O que se propõe

Redução para sete vice-presidências —  duas eleitas com o presidente e cinco indicadas pelo vencedor do pleito. Se o presidente quiser criar vice-presidências além das sete previstas, é preciso justificar no regimento interno da diretoria e submetê-lo ao Conselho


  • Regulamentos
Somente a direção do clube pode elaborar ou alterar o regulamento-geral do clube

> O que se propõe

Somente o Conselho Deliberativo elabora e altera o regulamento-geral do clube


  • Consulados
O cônsul, o vice-cônsul e os representantes devem ser eleitos nas 600 cidades que possuem consulados — algo que nunca foi feito pela complexidade da organização. Hoje, o torcedor organiza o consulado na cidade e o clube homologa seu nome para a função

> O que se propõe

O regulamento-geral do clube, aprovado pelo Conselho Deliberativo, preverá procedimento para indicação e destituição de cônsules, período de  investidura, limites éticos em sua atuação, entre outras disposições

Veja quem é a favor e quem é contra a reforma proposta:


Pela mudança

Vitorio Piffero, ex-presidente
Por que é um adianto, estamos olhando para a frente. A partir desse novo, praticamente não teremos como eleger presidente no conselho. Não é imposição, a maioria dos conselheiros vê como bom para o clube. Preserva a instituição Internacional. E o clube precisa se adequar ao Código Civil brasileiro.

Sandro Farias, conselheiro
Nitidamente a proposta que está à disposição é melhor que o estatuto atual, muito antigo. Avança na democratização do clube, é praticamente impossível o sócio não escolher o presidente, insere a questão da profissionalização de dirigentes, além de atender à legislação civil. Sempre que o Inter valorizou o associado, colheu bons resultados adiante.

A favor da manutenção

Roberto Siegmann, ex-vice de futebol
A reforma, quase secreta e deliberadamente mal conduzida pela Mesa do Conselho Deliberativo, presidida pelo Ibsen Pinheiro, pavimenta o caminho para que o nosso clube tenha dono(s). Querem que o Inter fique a serviço dos mais diversos interesses de poucos. Transformaram a Assembleia-geral em mais um capítulo do processo de supressão de direitos dos sócios.

Luciano Davi, ex-vice de futebol
Não é uma reforma, é uma alteração do estatuto. Contempla tópicos interessantes, como a questão da cláusula de barreira de 85% e a possibilidade de voto pelos associados do Parque Gigante. Mas o restante é trocar seis por meia dúzia. Não contempla tudo o que queremos como grupo político, que é a profissionalização do clube. Nossa ideia, inclusive, é propor uma nova reforma, de maneira mais ampla, com a participação e avaliação do sócio.

* É importante ressaltar que a votação ocorre neste sábado das 9h às 17h, de forma presencial em urnas postas no Gigantinho, ou pela internet desde que os sócios já tenham se cadastrado no site do clube até anteontem (quarta-feira).

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