Redação: Lucas Sommer Goulart e Tiago Dias / Produção: @rsesporte_com / Fotos: Google Imagens / Vídeo: YouTube
Uma decisão de cinco auditores pôs mais uma vez em evidência o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Na quarta-feira, uma das comissões do órgão excluiu o Grêmio da Copa do Brasil em razão de atitudes racistas de alguns de seus torcedores. A medida tomou conta do noticiário esportivo, com repercussão internacional, e ainda deve render bastante, já que o resultado definitivo só será conhecido quando o Pleno do tribunal se reunir, no dia 19. Essa exposição desagrada a Caio Cesar Vieira Rocha, que desde o fim de junho é presidente do STJD. “Toda vez que a notícia de um procedimento do tribunal chega aos jornais traz uma mancha para o esporte, porque significa que uma infração se tornou mais importante do que um gol ou um drible”, disse, na sexta-feira, em entrevista exclusiva. Durante uma hora, Caio Rocha falou ao Estado sobre violência nos estádios, aumento de ações na Justiça comum e sobre a pena aplicada ao clube gaúcho. “Não podemos tolerar, ser omissos com o racismo ou outros atos discriminatórios.”
Uma decisão de cinco auditores pôs mais uma vez em evidência o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Na quarta-feira, uma das comissões do órgão excluiu o Grêmio da Copa do Brasil em razão de atitudes racistas de alguns de seus torcedores. A medida tomou conta do noticiário esportivo, com repercussão internacional, e ainda deve render bastante, já que o resultado definitivo só será conhecido quando o Pleno do tribunal se reunir, no dia 19. Essa exposição desagrada a Caio Cesar Vieira Rocha, que desde o fim de junho é presidente do STJD. “Toda vez que a notícia de um procedimento do tribunal chega aos jornais traz uma mancha para o esporte, porque significa que uma infração se tornou mais importante do que um gol ou um drible”, disse, na sexta-feira, em entrevista exclusiva. Durante uma hora, Caio Rocha falou ao Estado sobre violência nos estádios, aumento de ações na Justiça comum e sobre a pena aplicada ao clube gaúcho. “Não podemos tolerar, ser omissos com o racismo ou outros atos discriminatórios.”
Muitos duvidam das decisões tomadas no tribunal. Muito por conta dos julgadores. Dos cinco que julgaram o caso do goleiro Aranha, um excluiu suas contas em redes sociais por conta de piadas racistas. Outro está sendo investigado por desvio de dinheiro público. Em imagens do julgamento da última quarta-feira, via-se julgadores no Facebook ou dormindo. Assim, fica realmente complicado acreditar na legitimidade das palavras dos julgadores.
Mas a série de julgamentos envolvendo o Grêmio e o racismo ainda não acabou. O Pleno julgará na próxima quinta-feira, dia 11, o caso de racismo contra o zagueiro Paulão, no Gauchão 2014. No primeiro julgamento, o Grêmio foi punido com multa no valor de R$ 80 mil e o Inter em R$ 20 mil por uma briga entre seus torcedores. Os clubes recorreram, e a multa do Grêmio diminuiu para R$ 10 mil e o Inter foi absolvido. O procurador Alberto Franco apelou para o Pleno, e diz que o objetivo do recurso é fazer valer as duas penas originais. A questão que fica é: porque só agora o Pleno irá julgar este caso?
A revolta do Grêmio com o desfecho do julgamento do STJD, com exclusão do time da Copa do Brasil, pelo caso de racismo envolvendo torcedores, ainda permanece. O Vice presidente do Tricolor, Nestor Hein, deu entrevista a ESPN.com.br e criticou a decisão do STJD e toda repercussão envolvendo Patricia Moreira.
"Tenho dois amigos que adotaram crianças negras, por exemplo, e mesmo assim ser gremista virou símbolo de racismo. Ficamos marcados como time racista. Se estuprarem quatro crianças no banheiro tem menos importância que o fato que ocorreu com essa moça (Patrícia Moreira). Hoje (sexta) as crianças receberam comunicação para não usarem coisas que as identificassem como gremistas nas escolas", disse Nestor Hein. Dizendo que pensa ser exagerada a importância dada pelo STJD ao caso e que a consequência disso, seria o rótulo de "Time Racista", ao time do Grêmio.
"Acredito que vamos reverter nos tribunais, mas essa mancha jamais vai se apagar. Vai ser o primeiro clube do mundo excluído por crime de racismo praticado por cinco pessoas em um universo de outras 30 mil", completou Hein. Hein ainda criticou alguns torcedores do Flamengo que estavam ameaçando a torcida do Grêmio que fosse olhar o jogo do ultimo sábado no Maracanã.
"Meu filho mora no Rio e vai ao jogo. Todas as torcidas que congregam times de futebol tem seus psicopatas e racistas. Isso não significa que a torcida seja psicopata e fascista. Perseguir pessoas que vão ao jogo por serem gremistas? As pessoas que cometeram os delitos racial não vão ao jogo, quem vai fazer isso é psicopata, bandido e racista. Essas pessoas que fazem isso são justiceiros, psicopatas. E não estou rotulando a torcida inteira do Flamengo como fizeram com o Grêmio, rotulando como um todo, inclusive", finalizou Nestor.
Mais um fato envolvendo o Grêmio com os tribunais > O procurador geral do STJD vai recorrer por pena maior ao Grêmio. Paulo Schmitt promete recorrer da decisão tomada no último dia 3, que eliminou o Grêmio da Copa do Brasil. Para Schmitt, a pena pena foi branda. “A procuradoria vai recorrer, pedindo a aplicação da suspensão de jogos e uma multa maior”, disse Schmitt ao Blog do Boleiro. O artigo 243-G prevê suspensão de até seis jogos, além de multa que pode chegar aos R$ 100 mil.
Caso o clube perca mandos de campo, resta saber se cumprirá a suspensão nos jogos do Brasileirão.
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