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sexta-feira, 12 de setembro de 2014

MP INVESTIGA GASTOS COM ESTRUTURAS TEMPORÁRIAS DO BEIRA-RIO

Redação: Victor Thompsen / Produção: @rsesporte_com / Fotos: Google Images


O Ministério Público está investigando os gastos da realização das estruturas temporárias no entorno do estádio Beira-Rio. O motivo das investigações é o fato das três empresas responsáveis pela instalação das estruturas temporárias no Beira-Rio para a Copa do Mundo, ainda não ter conseguido justificar o gasto de R$ 5 milhões dos R$ 24 milhões apresentados como custo total na execução do serviço.

De acordo com a nota divulgada pelas empresas Fast Engenharia e Montagens S.A. e Rohr S.A. Estruturas Tubulares, os questionamentos referentes a R$ 5 milhões da execução do serviço foram encaminhados na última quarta-feira ao MP.

Segundo o titular da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público, Nilson Rodrigues Filho, os questionamentos foram realmente recebidos pelo MP e a liberação do valor às empresas, ou parte dele, será realizada após análise do MP, o que deve ocorrer até a próxima semana."A avaliação do corpo técnico é de que há uma inconsistência. Vamos examinar se as informações encaminhadas pelo consórcio batem com o relatório apresentado pela consultoria contratada pelo Internacional para acompanhar o serviço. Foi feito pedido de urgência para esta análise", detalha o promotor.

Enquanto as explicações das empresas estão sendo analisadas pelo Ministério Público, o pagamento dos cerca de R$ 5 milhões está pendente. O custo total do negócio foi firmado em R$ 24 milhões, obtidos junto às empresas parceiras. As empresas que foram parceiras do Inter serão reembolsadas mediante isenções em impostos estaduais. 


O vice-presidente de administração do Inter, José Amarante, afirmou que o Inter pediu explicações apenas para saber o que está ocorrendo."Não significa que o serviço não tenha ocorrido. Estamos pedindo explicações sobre este valor (R$ 5 milhões), não há exclusão. Queremos apenas entender o que foi feito", resume Amarante.

Em nota oficial conjunta emitida pela Fast Engenharia e a Rohr S.A., é informado que "ainda que o contrato com o Internacional não exigisse, o consórcio mandou para o Ministério Público, em agosto, o detalhamento completo dos gastos com estruturas temporárias na arena do Colorado".

Assim que o Ministério Público apurar os questionamentos e alegar a legitimidade dos apontamentos fornecidos pelas empresas, poderá dar o aval para o Internacional realizar os pagamentos, do contrário a orientação do MP é que o Inter não pague o valor.

A instalação das Estruturas Temporárias no Beira-Rio gerou muita polêmica desde sua criação, antes do Mundial a demora para resolver as pendências financeiras, ameaçou o estádio de ficar de fora do Mundial, mas com o "jeitinho brasileiro" tudo foi resolvido no fim e a Copa do Mundo foi um sucesso em Porto Alegre.

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