Redação: Tiago Dias / Produção: @rsesporte_com / Fotos: Google Imagens
O Líder ta torcida organizada, Geral do Grêmio, Rodrigo Rysdyk, prestou depoimento a Policia sobre os fatos ocorridos na Arena, no jogo contra o Santos. Tentou evitar a imprensa e falou muito pouco. Seu depoimento que durou mais de uma hora falou sobre os atos racistas ocorridos contra Aranha, goleiro do Santos. Falou que jamais viu, ouviu ou presenciou qualquer ato racista na Arena.
Sempre curto nas respostas apenas repetia que Não, sobre ouvir algo racista na Arena e que, o que tinha para dizer já tinha dito ao Delegado.
O Delegado elogiou seu depoimento, apesar de não ter conseguido nenhum nome. "Ele disse que as músicas cantadas pela Geral do Grêmio existem há 20 anos e não tem por objetivo o racismo. Elas ironizam outras torcidas, mas não são racistas, segundo ele. Ele ajudou na identificação, é um frequentador do local, disse que conhece um ou outro, mas não sabe nomes específicos completos ou endereços. Conhece de vista", explicou.
Rodrigo aparece nas imagens próximo ao local onde foram filmados torcedores ofendendo Aranha, mas não praticando ofensas racistas contra Aranha. "Ele colaborou na identificação, ajudou, foi um bom depoimento. Ele aparece nas imagens assistindo futebol. Disse que os cantos não são racistas e foi bastante claro", completou.
Ainda a tarde, mais dois torcedores foram identificados.
Também prestaram depoimento o dono do Bar do Ito, onde a Geral se reúne antes do jogos e
Bruno Pisoni, conselheiro do clube.
Bruno é conselheiro desde 2013, com mandato até 2019 e também membro da Geral do Grêmio, ele é o terceiro conselheiro a ser chamado, antes Rodrigo Rysdyk e Juliano Franczak ainda irá depor.
O dono do QG da Geral, Bar do Ito, foi chamado por conhecer praticamente todos os membros da torcida.
Patricia Moreira, foi ouvida pela primeira vez na manhã de hoje, deu uma breve declaração a imprensa, chorou e nervosa afirmou "Boa tarde, eu quero pedir desculpas ao goleiro Aranha. Perdão de coração. Eu não sou racista. Perdão. Perdão. Peço desculpas. Aquela palavra macaco não foi racismo de minha parte, foi no calor do jogo, o Grêmio estava perdendo".
Também pediu desculpas ao clube, "O Grêmio é minha paixão, minha paixão mesmo. Eu vivi sempre indo ao jogo do Grêmio. Largava tudo para ir ao jogo. Peço desculpas para o Grêmio, para a nação tricolor. Eu amo o Grêmio. Desculpas para o Aranha. Perdão, perdão, perdão mesmo", encerrou.
Logo depois seu advogado respondeu algumas questões da imprensa e afirmou, "A Patrícia já sofreu ameaças. Só não vem sofrendo ameaças porque saiu das redes sociais, saiu da casa dela. A Patrícia perdeu a vida dela", afirmou Alexandre Rossatto.
Filipe Guilhon, taxista e orientado na Arena, prestou depoimento na quinta feira, além de confirmar que houve ofensas racistas, denunciou que foi agredido por torcedores que estavam na arquibancada.
"Trabalho como orientador da Arena desde a inauguração. Sempre fico na área da arquibancada, onde fica a Geral. Eu nunca tinha observado algo assim em outras partidas, mas nesta ocorreram xingamentos racistas. Preto, macaco, preto safado, foram algumas coisas que foram ditas por um grupo pequeno de torcedores. Eram uns três ou quatro"
Ele prestou depoimento por uma hora, viu os videos da torcida mas não conseguiu identificar ninguém,"Não foi nenhum dos torcedores que eu conheço. Alguns eu conheço de ver sempre ali na arquibancada. Não foi nenhum deles", afirmou.
Após iniciarem os insultos, Aranha pediu para ele observar o que estava ocorrendo, foi então que a torcida foi em direção a Felipe e começou a agredi-lo. Depois foi tentao invasão ao gramado, mas sem sucesso.
"Eu vi membros da Geral do Grêmio tentando evitar a confusão, tirar o pessoal que queria invadir dali. Esperei até o chefe da segurança chegar e eles acabaram não conseguindo", explicou.
No total sete pessoas já foram ouvidas na investigação, que deve chegar a nove até o final da investigação, que de acordo com a Policia durará até o final do mês.
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