Redação: Victor Thompsen / Produção: @rsesporte_com / Fotos: Google Imagens
A nova gestão do Internacional, encabeçada por Vitório Piffero pode marcar época no Internacional. Com um projeto ousado, que consiste em erguer torres de hotéis, construir um centro clínico e um centro de eventos, além de transformar a orla com uma moderna marina, a direção quer aproveitar todo o entorno do estádio Beira-Rio e assim atingir o incrível número de 1 Bilhão em faturamento anual até 2017."Queremos fazer a melhor gestão da história do Inter. Clara, transparente e com resultados", acrescentou o vice de finança Pedro Affatato.
Capitaneado pelo vice de Patrimônio, Emídio Ferreira, pelo vice de Finanças, Pedro Affatato, e pelo vice de Administração, Alexandre Limeira, o Inter abrirá conversações com a prefeitura a fim de revalidar o Estudo de Viabilidade Urbanística (EVU) da área, que havia sido concedido em 2009 e era válido por dois anos, e definir os valores dos novos índices construtivos. Além disto, em conjunto com o Município, o clube fará uma espécie de Plano Diretor para definir o tipo de construção que será permitida no local — se horizontal ou vertical, bem como a altura dos empreendimentos.
O Inter buscará, também, junto à prefeitura, a cessão onerosa de parte da quadra entre as ruas B e C — onde atualmente se localiza o prédio da Banda Saldanha. São cerca de 2,5 hectares. O mesmo espaço que havia sido cedido ao Inter pela prefeitura, ao lado do Gigantinho, e que foi tomado para a abertura da Rua A. "Nossa gestão assumiu o clube para colocar a cereja no bolo. O bolo é o Beira-Rio", comentou Ferreira.
Com o objetivo de lucrar com o entorno do estádio Beira-Rio, buscando parceiros que invistam em projetos específicos, como o centro clínico, o centro de eventos e eventuais edifícios comerciais, alem de hotel previsto para ser erguido ao lado da casa do Inter poderá ser negociado a uma grande rede internacional, que cederia ao clube andares do prédio para exploração, além de pagar pelo uso do terreno, o clube acredita que pode atingir um faturamento anual de 1 bilhão até 2017. "Se tudo der certo, poderemos faturar até R$ 1 bilhão nos próximos três anos", disse Affatato.
No próximo dia 15, os membros da direção do Internacional vão se reunir com a BRio (empresa que explora o edifício-garagem, os skyboxes, as cadeiras vip, as vendas de produtos alimentícios e as novas lojas do Beira-Rio), para definir quais as melhores maneiras de se explorar o entorno do estádio. "Teremos o melhor relacionamento possível com a BRio. É um casamento por 20 anos, sem direito a divórcio", afirmou Emídio Ferreira.
Para atingir o incrível faturamento anual, o Internacional tem algumas estratégias especificas, não só na exploração do entorno do estádio, mas no faturamento com bilheteria e com o departamento de futebol.
Planejamento pra chegar a chegar a R$ 1 bilhão
Setorização (lotes, inadimplência e redução do custo-jogo)
Diminuir os custos por partida realizada no Beira-Rio, implantar um novo sistema de venda de ingressos, a partir de lotes promocionais de 3 mil a 4 mil bilhetes, com um mês de antecedência, e descontos de até 70% para os sócios que anteciparem as compras de bilhetes, além de diminuir a inadimplência do quadro social (atualmente de 15%, em um universo de 104 mil associados). Estes são os desafios da nova gestão para o curto prazo, ainda para a estreia da Libertadores.
Para envolver o torcedor e aumentar o número de mensalistas, a ideia é criar um conceito de encantamento à visita do torcedor ao Beira-Rio. Não está descartada a redução do preço dos ingressos ao longo da temporada.
Contrato com a Nike
O contrato que vai até meados de 2016 está para ser revisto. A renovação dependerá do que a gigante norte-empresa americana oferecerá ao Inter. O contrato atual, válido por quatro anos, rende ao Inter R$ 10 milhões ao ano. A Nike, porém, ganhou uma concorrente de peso pelo Inter: a também norte-americana Under Armour, que recentemente assinou com o São Paulo investindo R$ 15 milhões anuais. Com isso a ideia do Inter é fazer um novo vinculo, que seja mais rentável ao clube a cada ano.
Redução do custo-futebol e reinvestimentos
O valor gasto pelo futebol, mensalmente, está na casa dos R$ 17 milhões. A ideia é reduzir para R$ 12 milhões e, a partir do orçamento aprovado junto ao Conselho Deliberativo, estipular novos dividendos — que podem chegar a R$ 15 milhões mensais. O período é de análise dos contratos dos jogadores, mas as saídas de Wellington Silva, Gilberto, Alan Patrick e Índio, além de possíveis vendas de jogadores como Wellington Paulista, reduzirão a folha em cerca de R$ 1,5 milhão.
Habite-se
O Beira-Rio ainda não tem Habite-se (a licença definitiva para a ocupação de um prédio). O clube conta com um alvará do Corpo de Bombeiros, válido até junho. O Habite-se ainda não foi concedido pela prefeitura porque a EPTC exige a instalação de dois bicicletários e a construção de dois recuos para as paradas de táxis. A Secretaria Municipal de Urbanismo (Smurb) aguarda um documento comprovando que o estacionamento do Gigantinho é independente do Beira-Rio. Já a Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam), cobra que o clube descontamine o solo onde estava localizado o antigo posto de gasolina.
"Espero resolver tudo isto até março" — prometeu o vice de patrimônio, Emídio Ferreira.
Investidores no futebol
De Arrascaeta deverá ser o último jogador do Inter contratado a partir de investidores. A nova legislação da Fifa, que proíbe este tipo de negociação, entrou em vigor no dia 31. A partir de agora, o clube terá que bancar as futuras contratações. A nova gestão já antecipou receitas para o departamento de futebol contratar os primeiros reforços do ano.
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