Redação: Lucas Sommer Goulart / Produção: @rsesporte_com / Fotos: Google Imagens
Mas voltando ao assunto OAS, Romildo Bolzan declarou ontem: “Fábio Koff controla os assuntos e negociações com a OAS. A negociação não é simples. É um assunto muito delicado. Foge ao Grêmio, não podemos dizer nada concreto”.
Ficam algumas questões no ar: Quando isso irá terminar? O imbróglio que envolve OAS com a operação Lava Jato já fez vir a tona que a empreiteira poderia anunciar falência. Como ficaria o Grêmio nessa história?
Porém houve mais um passo atrás. Esta semana os bancos credores da construtora - Banco do Brasil, Santander e Banrisul - vetaram o acordo entre Grêmio e OAS, temendo não receber o dinheiro que investiram no estádio. O acordo seria que a OAS receberia cerca de R$ 24 milhões anuais durante oito anos. O acordo parecia bom para os dois negociadores. Os bancos querem agora que o Grêmio pague a dívida da construtora com a renda - descontadas as despesas de gestão do evento - das partidas no Gauchão, Copa do Brasil e Brasileirão, que será recolhida pelos credores da OAS e neste caso o clube ficaria sem sua parte na receita. O jeito é aguardar e ver os novos capítulos que surgirão. Pois enquanto isso, o palco de todas as conquistas do Grêmio em sua história, o Estádio Olímpico está abandonado e vandalizado.
“A Arena não é nossa”. “A Arena é nossa”. Afinal, quando sairá o desfecho desse caso? Essas declarações foram de Fabio Koff na época em que era presidente do Grêmio.
Em 2010, Paulo Odone, até então presidente do clube, anunciou que construiria um novo estádio, uma Arena. Muitos ficaram empolgados com essa notícia: um novo estádio, com estrutura de última de linha. No final do mandato de Paulo Odone ocorreu a inauguração contra o Hamburgo, clube no qual o Grêmio derrotou na conquista do Mundial de 1983. A partir daí os problemas começaram. O estádio estava inacabado, o gramado péssimo. Isso fez com que o Grêmio ainda utilizasse várias vezes o estádio Olímpico antes de migrar para o novo estádio.
Fabio Koff assumiu a presidência do clube, e viu que a Arena era um grande problema. Os contratos deixaram o Grêmio refém da empreiteira OAS. O problema era tão grande, que Fabio Koff declarou: “A Arena não é nossa. Vamos demorar 20 anos pagando”. Mais adiante, Fabio Koff declarou: “O Grêmio tem que pedir licença para treinar e paga para jogar”.
A situação era realmente muito difícil. Além desse problema, que muitos não sabiam até Fabio Koff ir aos microfones declarar, o clube fez de tudo para conquistar títulos. Contratou jogadores caros, com altos salários.
Mas a situação melhorou. Grêmio e OAS refizeram os contratos mais de uma vez, deixando a situação menos pior. Melhorou tanto que Fabio Koff declarou: “A Arena é do Grêmio. A partir de agora, estaremos unidos por todos e todos estarão, tenho certeza, unidos em um só propósito. Chegaremos sim a trazer para a Arena a alma e a vida que o Olímpico proporcionou".
A questão que mudou nesta ocasião é que é no primeiro contrato, o Grêmio teria que repassar a OAS a quantia de R$ 42 milhões por ano. Com o novo contrato, esse valor baixou para R$ 12 milhões.
Essa declaração agradou a todos. Dirigentes e torcedores. Porém, o tempo mostrou que não é bem assim. A declaração de Fabio Koff não se concretizou. Foi na verdade uma manobra política, para que a sua chapa vencesse a eleição novamente. E foi exatamente isso que aconteceu. A chapa de Fabio Koff para Romildo Bolzan Jr ser presidente venceu. Mas até agora, não mudou mais nada na questão Grêmio x OAS.
Acontece que a OAS está passando por vários problemas com o governo. Está envolvida nessa questão do “Lava Jato”. E isso fez com que as negociações para concretizar um novo contrato, um definitivo, fosse paralizada.
O Grêmio no início desse ano, do mandato de Romildo Bolzan, passou uma reformulação no elenco e na parte financeira. Jogadores com altos salários foram negociados, como nos casos de Barcos e Marcelo Moreno. Vários outros jogadores saíram, como Pará, Bressan e Werley. Alguns ainda dá dor de cabeça, como Kleber Gladiador e Edinho. Mas a folha de pagamento baixou bastante. O que antes era 11 milhões, hoje é de cerca de 5 milhões.
Tudo isso fez com que o clube devesse meses de salários e direitos de imagem. Romildo Bolzan já declarou que os salários hoje estão em dia, mas os direitos de imagem não. Já são 4 meses sem pagar. E tudo isso começou lá atrás, nas negociações para a Arena.
Mas voltando ao assunto OAS, Romildo Bolzan declarou ontem: “Fábio Koff controla os assuntos e negociações com a OAS. A negociação não é simples. É um assunto muito delicado. Foge ao Grêmio, não podemos dizer nada concreto”.
Ficam algumas questões no ar: Quando isso irá terminar? O imbróglio que envolve OAS com a operação Lava Jato já fez vir a tona que a empreiteira poderia anunciar falência. Como ficaria o Grêmio nessa história?
Porém houve mais um passo atrás. Esta semana os bancos credores da construtora - Banco do Brasil, Santander e Banrisul - vetaram o acordo entre Grêmio e OAS, temendo não receber o dinheiro que investiram no estádio. O acordo seria que a OAS receberia cerca de R$ 24 milhões anuais durante oito anos. O acordo parecia bom para os dois negociadores. Os bancos querem agora que o Grêmio pague a dívida da construtora com a renda - descontadas as despesas de gestão do evento - das partidas no Gauchão, Copa do Brasil e Brasileirão, que será recolhida pelos credores da OAS e neste caso o clube ficaria sem sua parte na receita. O jeito é aguardar e ver os novos capítulos que surgirão. Pois enquanto isso, o palco de todas as conquistas do Grêmio em sua história, o Estádio Olímpico está abandonado e vandalizado.
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