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quinta-feira, 28 de maio de 2015

GAÚCHOS APITARÃO JOGOS DE INTER E GRÊMIO

Redação: Francisco Alves / Produção: @rsesporte_com / Fotos: Google Imagens

Na terceira rodada do Campeonato Brasileiro não está previsto um Grenal, mas os árbitros gaúchos Leandro Vuaden e Anderson Daronco comandarão os jogos da dupla. A escala da CBF botou Vuaden para apitar Inter x São Paulo, neste domingo, ás 16 horas, no Beira-Rio, Os dois assistentes vão ser Paulistas; Marcelo Van Gasse e Ricardo Manis. No jogo Goías x Grêmio,no mesmo dia e horário do arquirrival, mas, no Serra Dourada, quem comanda a Partida é Anderson Daronco e seus auxiliares são o gaúcho Rafael da Silva Alves e o goiano Cristhian Passos Sorence. Essa determinação de botar árbitros e assistentes de um mesmo Estado ou da Federação da região para apitar os jogos foi uma determinação da Comissão Nacional de Arbitragem e começou a valer a partir da primeira rodada do Brasileirão.

Marcelo de Lima Henrique fez carreira no futebol carioca, atingiu o quadro da Fifa, mas se mudou para Pernambuco. Ele apitou em São Paulo 2x1 Flamengo, na primeira rodada. Existem outros casos, o paranaense Héber Roberto Lopes, que foi juiz por muito tempo na Federação Paranaense de Futebol até 2012, e se mudou para a federação de Santa Catarina, conduziu Goiás 2x0 Atlético-PR, pela segunda rodada. O mineiro Sandro Meira Ricci, que até 2014 apitava por Pernambuco e agora está em Santa Catarina, foi escalado para Sport 1x0 Coritiba, na terceira rodada. E Joinville 0x0 Palmeiras, na segunda rodada do campeonato, teve como um dos auxiliares o catarinense Kleber Lúcio Gil. “É algo inusitado? Sim. Até então não se fazia isso, mas a CBF começou a se utilizar desse método de arbitragem mista. É uma evolução“, disse Vuaden.

Questionado sobre a duradoura desconfiança que há sobre os árbitros aqui no Brasil, ainda mais c um jogo no qual uma equipe do estado respectivo está envolvida, Leandro Vuaden minimizou e assegurou que esse fato não vai aumentar a pressão sobre a arbitragem: “Não vejo problema algum e não tenho problemas com isso. Não é a pressão que aumenta, mas, sim, a responsabilidade que tenho em todo o jogo grande. A partir do momento em que você atinge um certo patamar na arbitragem, não há porque ficar preocupado com o que vão falar”.



Se Vuaden não vê problemas, o diretor de arbitragem da Federação Gaúcha de Futebol, Luiz Fernando Moreira, um erro pode deixar todos da arbitragem marcados. “Não acho legal. Mas quem tem autonomia para definir isso é a CBF. Não vejo benefício algum. Além da pressão sobre a arbitragem, se cria uma responsabilidade maior. E se o árbitro ou o auxiliar de um determinado Estado cometer um erro a favor do clube do próprio Estado? O que os outros vão dizer? Haverá desconfiança em caso de equívoco. Não é legal mudar assim, sem o devido preparo — citou Moreira. — aqui, por exemplo, eu jamais escalo o Jean Pierre, que é natural de Pelotas, para apitar um jogo do Brasil-Pel ou do Pelotas. Justamente para evitar esse tipo de pressão extra sobre meus árbitros “ finalizou.


Sérgio Corrêa, presidente da Comissão Nacional de Arbitragem, justifica a medida para que o torcedor passe a confiar mais nos árbitros. “Estamos trabalhando aos poucos, vai ser uma coisa lenta, porque as pessoas têm que se habituar a confiar. O grande problema é que ninguém confia em nada. Isso não existe. Agora, os árbitros têm que fazer a parte deles e trabalhar bem” argumentou Corrêa.

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